O terceiro chakra está localizado na boca do estômago, no nosso plexo solar. Quando conectamos com esse chakra, nos conectamos com aspectos relacionados com assumir a firmeza do próprio poder, do nosso poder pessoal, com a apropriação do EU, da nossa força vital, de ação no mundo e busca por realização material, dinheiro e reconhecimento.
Aqui nos encontramos com nosso EGO, nosso veículo de sobrevivência e estruturação material nesse mundo. Também acessamos a identidade criada a partir desse ego, com a qual tendemos a nos identificar demasiadamente ao longo da vida, nos esquecendo das demais partes que nos compõem.
Segundo Isha Lerner: “Em condições saudáveis, essa área do corpo é elétrica, vital e inspirada. Sua luz irradiante gera a verdadeira determinação e boa vontade. Direcionando a força vital da nossa intenção para nossos sonhos e metas e movendo-nos com criatividade através da vida, deixamos para trás os aspectos restritivos da nossa infância.”
O terceiro chakra é uma porta de acesso para encararmos nossa relação com o controle e com nossas escolhas relacionadas a forma de caminhar na vida. O que lhe cabe administrar bem na sua vida e o que você segue tentando controlar e modificar em vão? O que você precisa assumir e o que você precisa soltar? O que lhe impulsiona para a vida, para frente? O que ilumina a sua estrada e lhe dá forças para empreender o movimento necessário para dar os próximos passos?
QUEM ESTÁ NO PODER?
Uma coisa importante para se observar quando falamos de poder pessoal é que se você não se sente no poder da sua vida e das suas decisões e escolhas, algo ou alguém está fazendo isso por você! Esse “alguém” ou “algo” pode ser uma relação, filhos, sua família de origem, seu trabalho, seu “propósito”, sua “vocação”, sua ‘carreira”, sua carência e necessidade de aceitação social, seu medo de tocar o desprazer, seu medo de se abrir para o prazer…
Mas porque, muitas vezes, transferimos para os outros ou para aspectos da nossa vida o nosso poder? Porque somos necessariamente ingênuos? Acredito que não. Muitas vezes, porque temos medo de pagar os preços das nossas escolhas e de ter que responder por elas no "tribunal final”.
Já parou para pensar que desde do nosso sistema educacional e regras “punitivas” do mercado de trabalho, passando pelos acordos tácitos nos nossos relacionamentos familiares e íntimos até o imaginário religioso e de leis espirituais somos levados a nos sentir ameaçados em receber a pior das punições do caso de cometermos faltas graves e erros?
A criança é cercada por mensagens constantes de que se ela não se adaptar às regras vai sofrer punições de diversas ordens e nós crescemos e seguimos acreditando nisso. Que haverá um outro para nos vigiar e punir ou para nos aplaudir e nos recompensar.
A que e a quem isso serve? Essa é uma pergunta com a qual deveríamos nos ocupar mais. Para podermos começar um caminho de libertação dessa pocinha quente e segura onde estamos, composta por dogmas e regras externas, E também para podermos começar a assumir quem somos e pagar os preços que já pagamos de forma mais consciente.
Se você despertar vai ver que preços altos sempre estamos pagando mesmo, mas com a “proteção e benção” das ilusões e fantasias infantis que nos manipulam e nos entorpecem, eles parecem ser irrisórios. Ainda que na realidade não sejam.
COMPARAÇÃO E COMPETIÇÃO
Uma das grandes ciladas quando o tema é PODER PESSOAL, é a competição e comparação. Palavras que, muitas vezes, nos horrorizam mas que nos são tão presentes e familiares, quer reconheçamos ou não.
O problema com a COMPETIÇÃO ou a COMPARAÇÃO é que quando você se sente MELHOR ou “na frente” de alguém e valida isso, na esquina seguinte se sentirá PIOR ou atrás de alguém, numa gangorra de altos e baixos que falsamente lhe enriquecem ou lhe empobrecem sem fim. Isso acontece porque enquanto o valor que você dá a você mesmo estiver relacionado a referenciais externos, você nunca poderá se apropriar de si e descansar na sua realidade interna.
Mas como lidar com esse mecanismo de comparação que, muitas vezes, é quase automático e impossível de frear? Dois caminhos possíveis para começar a se trabalhar isso são:
Tomar consciência quando a COMPARAÇÃO E a COMPETIÇÃO estão a toda na sua vida e se conectar internamente para se perguntar como está nesse momento da sua vida o seu olhar interno para você mesmo? O que está faltando de verdade para você?.
É mais difícil soltar a comparação quando estamos nos sentindo por cima, só que também é aí que esse "soltá-la" pode ser mais eficaz. Se você consegue trabalhar quando está ganhando pontos com você mesmo baseado na miséria de alguém você avança na sua possibilidade de perceber o que te prende nesse mecanismo de comparação e tem menos chances de cair na cilada da inferioridade na sequência.
Quando estamos precisando ser mais do que outro, que falta ou vulnerabilidade interna está presente em nós? Experimentar perguntar- se isso pode aliviar a pressão e ajudar no fio que conduz de volta para si mesmo.
Esse tema mexe com você? Você é sempre bem vindo a compartilhar suas reflexões comigo por email: caminhosdecrescimento@gmail.com
Seguimos!
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